A experiência de cada um é única, e ninguém quer (eu acho, mas posso estar enganado, aliás, muitas vezes estou) fomentar discípulos que buscam emular a experiência de outros em sua própria vida.
Bem, tal introdução se faz necessária antes de afirmar que não lhes direi como organizo minha vida de oração. Isso porque me pergunto que interesse pode haver para alguém querer entrar na intimidade de duas pessoas tão diferentes, um mortal e falível ser humano e o Todo Outro, o transcendente.
Então nem lhe direi que, depois de frustradas tentativas de modelos e receitas que busquei, encontrei já há alguns anos a fórmula com a qual estruturo esse encontro tão desigual chamado tempo devocional.
Meu resumido roteiro espiritual segue o seguinte esquema. Em uma pequena folha (para que sempre esteja à mão) registro debaixo de sete áreas gerais os temas pelos quais estarei orando todo dia. No mês seguinte reviso e renovo, ou não, os itens pelos quais estive orando no mês anterior.
Já que comecei, exponho-me e lhe revelo os tais temas: Devoção Pessoal (onde desejo crescer no conhecimento da Graça), Família (há que orar para que me aturem e me amem), Ministério Estudantil (se não oro pela gente e assuntos de meu trabalho, por certo que devo buscar outro emprego), Igreja (como posso e devo melhor servir na diversidade do Corpo), Nação (orar pelos temas da nação é algo que me conecta ao lugar onde vivo e sirvo) e Mundo (acreditando que minha oração pode mudar meu coração e, quem sabe, a história).
Caso haja checado, viu que até agora foram seis. Falta um. É simples. Chamo-o de Outros. Cabe qualquer coisa aí, porque assim são as coisas de caráter pessoal. Usualmente preparo uma lista de nomes. São as pessoas que nesse mês em especial se tornarão alvo das orações que apresentarei ao Dono lá de cima.
Sei que não me perguntou, ainda assim lhe explico como faço. Vou lendo o que escrevi, faço pausas, adiciono algo, tento escutar. Parece que nem sempre capto o que deveria nesses momentos de escuta, ou talvez não tenha ainda aprendido a “ler” esses silêncios do alto. Mesmo assim ligo o receptor e mantenho-me atento.
Ao ligar a antena, tem me ajudado muito manter essa disciplina de explorar uma ampla e variada gama de temas. Orar por mais, e não por menos. Clamar mais pelos outros do que solicitar para mim mesmo. Agradecer mais do que pedir. Escutar mais do que falar. Buscar mais a agenda daquele com quem me encontro do que impor a minha própria.
Disse que não dava conselhos e acabei dando. Melhor, mudei de idéia. Na verdade, eu vendo! Se você leu até aqui, sinto muito, está em débito comigo. Você pode argumentar em contrário e dizer que isso aqui não vale muito. Bem, pode ter razão, mas já que não aceito devoluções, faça seu preço! Passe no caixa. Depois a gente se fala. Até a próxima.
Foto: © Gary Pumfrett - 2008 TrekEarth
5 comentários:
obrigada Ricardo pelo seu comentário no meu blog. Sinto-me honrada, você não deve saber muito bem quem eu sou, mas, por ter sido uma ABUense ativa, sei um pouco de quem você é... bom, por favor, como ouviu falar da minha paisagem interna? abrçs, graça e paz..
Oi Liz,
Lembro-me de você, lá em Viçosa, certo?
Cheguei ao seu blog pelo blog do Lissânder. De um blog se pula ao outro, e aí se descobre muita coisa boa. Também de outro tipo, mas falemos das coisas boas. O seu blog está aí.
Abraços!
epa!
dejo abrazos
me gustó el texto...interesante.
:)
Oi Ricardo,
A gente se conheceu no CBE a alguns anos atrás. Foi legal ver o seu recado la no meu Blog, me sentir honrado com a ilustre presença.
Como esta o seu ministério hoje. me passa um e-mail para conversarmos.
Abraços
Marcos Botelho
www.marcosbotelho.com.br
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