31 outubro 2007

Acho que sou uma árvore

“El sendero que a mi me ha tocado
Me ha levado lejos de mi hogar
Pero la distancia no ha logrado
Hacerme olvidar de donde vengo
A la sombra de un recuerdo nuevo
Redescubro una vieja verdad
Puede el árbol extender sus ramas,
pero sus raíces no se moverán.”

De Donde Vengo
, Alex Alvear
(trecho da linda música desse artista equatoriano)

Primeiro veio a pergunta clássica: “você gosta de viver aqui?”. Resposta fácil: “sim, claro, me encanta, etc.”. Depois aquela que me travou a língua: “aqui você se sente um estrangeiro?”.

Era o simpático pintor faz-tudo que volta e meia chamo para que me salve em algum profundo dilema dos cuidados domésticos. Ele e eu falamos bastante. Dessa vez, um bom mate regou a conversa. Mas aquela pergunta fez com que eu me perdesse em palavras sem sentido enquanto pensava no assunto.
Quando ele se foi, voltei a matutar sobre o tema.
Sou de fora, o “estrangeiro”, e não haverá tempo ou amor pelo novo país que mude isso. O sotaque, minha visão de mundo, meus preconceitos e limitações, sempre me denunciarão. Reconhecer isso talvez me ajudará a pesar mais minhas avaliações e ações no novo mundo e cultura.
Mas exatamente aí talvez estejam uma virtude e potenciais preciosos. Quando eu sei “de donde vengo” posso valorizar minhas raízes e as contribuições que possa dar no novo lugar onde estou inserido. Com respeito, ponderação e muita escuta, trarei a minha vida e história na arte de tecer o Reino, junto com a riqueza e diversidade dos fios que os discípulos do Caminho dessas terras também trazem à essa obra.
A árvore viajou, suas raízes não saíram do lugar, mas ela espera que seus frutos possam alimentar, seus ramos prover sombra e abrigar em outras paragens. Difícil imaginar maior privilégio e aprendizado que esse.
(Foto: © Maurice Alleaume)

27 outubro 2007

Ela está à espera

“Não acredito mais em Deus”. Assim, brusco, tentou cortar a conversa com Ruth. Mas ela voltou e seguiu “meu marido sempre foi um homem bom, justo e há 20 anos ele não sai da cama.” As rugas apertaram o rosto, o olhar subiu os centímetros do orgulho que lhe restava e concluiu “então, não acredito mais”.

Aquela velha senhora com quem Ruth (a minha senhora, e não tão velha, ainda...) conversou assina o rol dos mais de 12% declaradamente “ateus convencidos” da população de Montevideo.

Não gosto muito de números, estastísticas. A gente simplifica, começa a desfiar dados com ares daquela sabedoria que interpreta toda a realidade. Sem dúvidas. Apenas classificações. E tem mais. É tentador começar a descrever o mundo através deles. Quer ver como funciona e como sou cúmplice?

Quase 35% dos “montevideanos” se considera indiferente à religião. Um em cada quatro crê na reencarnação. Somente 8,8% da população acredita que para ser um bom religioso deve-se ir à igreja todas as semanas. Um imponente 86% crê o contrário.

Apesar de mais da metade da população da capital uruguaia se considerar católica, as letras miúdas da pesquisa sociológica nos mostram que apenas 14% desses crê na infalibilidade papal. Isso mesmo, o Papa não é “pop”.

Podia lhes dar mais números, mas não o farei. Hoje eles me deram uma surra. Um estimado missionário de um país mais ao norte quis saber o alcance numérico de nosso trabalho entre estudantes. Bom, ele não achou lá essas coisas.

Voltei a pensar na senhora, não a minha, a outra com quem ela conversou. Acredito que ela está à espera. Esperando por alguém que não a veja como um número a mais ou a menos.

Se me decidir a ir nessa direção, por certo terei dor de cabeça. Gastarei tempo, atenção, energia, e não terei aquele tempo de sobra para poder dedicar-me a fazer crescer as estatísticas do alcance do meu trabalho.

Fecho meu livro de sociologia. Quero ir dormir, mas será difícil. A imagem dela não me sai da cabeça.

(Fonte: "Religión y sociedad en el Uruguay del siglo XXI: un estudio de la religiosidad en Montevideo" / Da Costa, Néstor. -- Montevideo: CLAEH, Centro Unesco de Montevideo, 2003) Foto: © Marcelo Castro.

26 outubro 2007

Entre táxis e beijos

Andar em táxi é barato por aqui. Ainda que não tão barato nem culturalmente instigante como os ônibus públicos da cidade. Neles sempre têm gente vendendo de tudo, cantando, tocando, contando histórias, recitando poesias. E se vê como o uruguaio é solidário. As moedinhas sempre aparecem em socorro do vendedor ou artista equilibrista. Já viu um cara tocando violão, cantando e trocando o pé de apoio em cada curva? É de se admirar e vale o ingresso.

Voltando aos táxis. Tomei um outro dia. No banco da frente, que o detrás sempre tem um vidro e uma incômoda placa separando-nos do condutor. Pois é, acham a vida insegura por aqui. Quem nunca foi ao inferno não sabe o que é o paraíso.

O taxista logo me confrontou. “O que o Lula quer fazer com o Uruguai?” Não respondi, inseguro por não ter ouvido os últimos esclarecedores discursos de Lula nem de Celso Amorim. Ele avançou, “o Brasil não tem que temer um paisinho insignificante de 3 milhões de habitantes!”. Achei que ele não devia chamar o Uruguai assim, “insignificante”, mas a prudência me alertou que não retrucara.

Aos poucos tomei coragem e resolvi lhe dizer minhas humildes opiniões acerca da justiça nas relações internacionais. Contei-lhe o que vim fazer, algo acerca do meu trabalho, do meu interesse na juventude do país, em ver crescer as boas oportunidades para que os jovens encontrem sentido na vida, vocações dignas, melhores oportunidades, etc. Tudo bem, talvez tenha exagerado um pouquinho no alcance de nosso pequeno ministério entre estudantes. Mas talvez tenha ajudado.

Paramos em frente de casa. O tempo foi passando, 5, 10, 15 minutos, e o galego-espanhol-uruguaio não me deixava ir embora. Fazia perguntas. Queria saber o que levava esse brasileiro a viver aqui. Finalmente desci. Ele também. Deu a volta no táxi. Ele era enorme. Me deu um forte abraço, e me beijou. Agradeceu-me por ter escolhido o Uruguai para viver. Quase achei que seus olhos começavam a marear. Mas foi embora antes que eu pudesse comprovar.

Entrei em casa matutando no que havia mudado o rumo da conversa. Ainda não sei bem.

Interesse genuíno ou predador? Ar superior ou disposto a ouvir e servir? Diferenças que abrem ou fecham portas. E que te fazem ganhar beijos! Ok, talvez não custe dizer que a saudação entre homens com um beijo na bochecha é absolutamente normal em terras uruguaias.

Vou me acostumando... Mas que seja bochecha contra bochecha. Minha aclimatação cultural dificilmente irá além disso.

(Foto: © Daniel Schweimler)

24 outubro 2007

Livros, blogs e o fim do mundo...

Parece que a memória é imprecisa, seletiva. Acho que é isso, ainda que não me lembre bem. Então me recordo, mas mais ou menos, do conto sobre o fim do mundo que escreveu o argentino Julio Cortázar.

Dizia do dia em que todos os leitores resolveram ser escribas. Surgiram tantos livros que não havia mais espaço no mundo. Pilhas de livros em todos os lados. Ninguém mais os lia, é verdade, mas todos escreviam. A situação se agravava. Veio o caos, livros foram lançados ao mar. Tantos livros que o mar subiu ou secou, não me lembro bem (viu só!?…). Chegou o fim do mundo.

Cortázar descreveu esse apocalipse muito tempo antes da Internet. Bem antes da invasão dos milhões de escribas blogueiros, onde todos têm (ou querem ter) algo que dizer, sobre tudo e sobre nada. Todos os leitores se tornaram escribas. E talvez os escribas não leiam mais. Nem sejam lidos (bom, minha mãe disse que lê o meu…).

Claro que um blog é um exercício narcisista. Pode ser mais, ou menos, mas sempre o é. Ainda assim pode sair algo bom dessa, por assim dizer, disciplina e risco saudável. Disciplina porque pode obrigar um a pensar sobre sua vida, vocação, o que o move e o empaca, seus medos, idéias, sonhos. Risco saudável porque qualquer verdade sempre tem que passar pelo crivo do espaço público.

Um ouve, contesta, retruca, reconstrói, interpreta e aplica. Supostamente em um processo comunitário. Sem que a chave do entendimento esteja na mão de um só iluminado. Está na mão do público, povo, igreja, essa gente do caminho e do “Livro”, que entende e vive essas verdades em qualquer lugar, em todo lugar.

Disso depende que outro leia e retruque. Mas… minha mãe não vai retrucar… Como se dará o santo processo hermenêutico comunitário?

Quer saber de uma coisa? Chega de crise e auto-crítica. Já está decidido. O Blog segue. Darei minha humilde contribuição para o rápido advento do fim do mundo.

(Foto: © Luis Alfonso)

20 outubro 2007

Maneiras de ver o mundo

Por que dizer que o Sul agora tornou-se o meu Norte? Na verdade, essa frase é uma variação do que uma vez disse Joaquín Torres García, um importante artista uruguaio que criou esse mapa (América invertida – 1943).

“…en realidad, nuestro norte es el Sur. No debe haber norte, para nosotros, sino por oposición a nuestro Sur. Por eso ahora ponemos el mapa al revés, y entonces ya tenemos justa idea de nuestra posición, y no como quieren en el resto del mundo. La punta de América, desde ahora, prolongándose, señala insistentemente el Sur, nuestro norte.
(Joaquín Torres García. Universalismo Constructivo, Bs. As. : Poseidón, 1941.)

Chegando ao Uruguai, e vindo de um país ao norte que já procurou dominá-lo territorialmente e economicamente (nesse último caso, a agenda de dominação ainda segue, disfarçada nos mecanismos do Mercosul), tenho que aprender a ver as pessoas e a realidade a partir de pontos de referência distintos.

A vivência e comunicação do evangelho se darão muito melhor quando ocorrer esse processo de encarnação na outra cultura. E tenho uma forte suspeita que isso não se dá rapidamente. Leva tempo, às vezes toda uma vida, para entender e comunicar o evangelho de vida em Jesus quando o vivemos e o transpomos em outra cultura.

A própria revelação de Deus chegou até nós nesse processo de mescla e transposição de várias culturas. As diversas culturas dos tempos bíblicos, as culturas dos intermediários em um longo processo histórico, a cultura dos missionários que chegaram com o “Livro” em nosso país, e agora a “minha” cultura quando chego no “outro” país.

Haja cultura, samba, tango, jeitinho brasileiro e garra charrúa (nação indígena uruguaia exterminada pelos brancos “cristãos” do passado) para lidar com tanta ponte, interpretação e aplicação das tais verdades que a gente ainda acredita que há no evangelho de Jesus.

A esperança é que recebemos uma mãozinha divina nesse processo. Deus em sua misericórdia vem e nos ensina no meio da jornada. Às vezes nos ensina de um modo que nos humilha. Mas é boa humilhação, digo sem ser masoquista. Quando a gente depende mais de Deus para entender algumas coisas, e quando ouvimos mais de nossos irmãos para entender a Palavra e crescer na fé, em um esforço comunitário e missionário, sinto que estou numa situação ideal para amadurecer, rumo ao que Deus quer de mim.

O que Ele quer de mim? Ah, no caminho vou descobrindo, com a graça de Deus...

16 outubro 2007

"Você não é mais inteligente do que eu!"

Era uma vendinha dessas de bairro. Mal entrei e meu sotaque me denunciou. O velho senhor, dono da loja, me perguntou “de que parte do Brasil você é?”. E o fez em um Português claro, sem sotaque.

Ele havia morado no Rio quando pequeno, no fim dos anos 40 e começo dos anos 50. Sim, você imaginou certo, ele estava lá, no Maracanaço. Para quem tem pouca cultura futebolística, explico que a coisa tem a ver com 200 mil brasileiros em certo estádio carioca, experimentando uma enorme, inexplicável frustração, enquanto 11 uruguaios, inclusive aquele cuja pronúncia traz calafrios (Ghiggia…), recebiam a taça da copa de 50. Jules Rimet, o francês organizador da copa que lhes entregou o prêmio, chegou a dizer “O silêncio era absoluto, às vezes difícil de acreditar”.

Voltando à vendinha. Conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre a violência, grande no Brasil, muito menor no Uruguai. Daí o senhor levantou um dedo e me disse “Ojo!” (como um bom uruguaio lhe diz “preste atenção”). “O problema da insegurança é culpa minha e sua!”. Me disse quase em tom de ameaça e pousou sua mão em minha barriga. Eu quis comentar algo sobre injustiças, quando ele me interrompeu “Você não é mais inteligente do que eu! Só porque você é engenheiro não quer dizer que você deva ganhar mais do que eu ganho.” E voltou a botar a mão na minha pança (seria ela a prova da desigualdade social?...).

Desconcertado, calei. Ele seguiu, “dizem que sou comunista, e não sou”. “Mas têm coisas no mundo que não estão certas”. Daí seguimos uma agradável conversação sobre política, o atual governo do Uruguai (o primeiro considerado de esquerda na história do país), sobre como ele uma vez havia dito ao médico de seus filhos que o doutor se tornaria um dia o presidente da república (de fato, Dr. Tabaré Vásquez acabou chegando lá e é o primeiro presidente supostamente de esquerda na história do país).

Para se conectar de verdade em outra cultura, você precisa conhecê-la, do futebol à política, da religião à história, buscando bons professores, como os taxistas e os velhos desejosos de contar suas histórias.

Além desses bons professores, arranjei uns outros, bons livros de autores uruguaios, sociólogos e historiadores, novelistas e poetas. Aos poucos (eu, no caso, vou apenas arranhando a superfície) vou conhecendo as peculiaridades e idiossincrasias desse “hermoso” país.

Política e futebol se discutem sim. Um estrangeiro pode aprender muito desse tipo de conversa.

Ah, e aquela mão tocando minha protuberância abdominal? Tenho uma teoria acerca da construção de pontes de comunicação. Ainda a testarei um dia.

(Foto: © Diego Zalduondo)

15 outubro 2007

Não me chamem missionário! Ou chamemo-nos todos…

Se esse blog tem em seu subtítulo “Confissões de um missionário…”, que história é essa de “não me chamem missionário?”.

Bom, agora que consegui sua atenção, pensemos um pouco juntos sobre o tema. Concordo em ser chamado missionário. Passo inclusive por uma experiência de redescoberta da beleza do sentido que acompanha esse nome. Mas apenas aceitarei o “nome” se nós o compartilharmos. Combinado?

É de longa data na história da igreja cristã a triste divisão no entendimento da vocação de cada cristão. Exaltou-se o fulano de “tempo integral”, como pastor, bispo (apóstolos e serafins mais recentemente) e deixou-se na vala comum da mediocridade, ou do “quando tiver um tempinho”, o restante do povo de Deus.

Nessa polarização, o missionário, normalmente entendendo-se com isso o cristão enviado em missão a outra cultura, tomou status de herói sofredor no campo de batalha. É a projeção idealizada que expurga nossos pecados da acomodação e indiferença. “Pelo menos um de nós está lá”, um representante da classe, alguém com uma fé mais elevada, levando toda a igreja a sentir que está cumprindo uma missão importante.

É claro que isso normalmente vem acompanhado das expectativas de que seja alguém com estilo de vida abnegado, sofredor, sempre em necessidade. Necessidades essas que eu poderei atender, à medida em que as minhas preocupações com a “vida real” me permitirem, é claro. Além do mais, alguém tem que trabalhar…

Encruzilhada. As distorções precisam ser corrigidas. Missionário tem que ser todo discípulo de Jesus, aqui, ali e em todo lugar. Vamos abolir essas expressões que não nos ajudam, como “tempo integral”. Missionários seremos todos, trabalhando pelo nosso sustento ou recebendo apoio, em nosso país ou em algum lugar bem diferente de nossa cultura natal.

Vocação e chamado tem que ser conceitos aplicados a todo cristão, e não supostamente a uma “categoria especial”. Vamos conseguir mudar o rumo desse bonde?

(Foto: © SangSu Sergio Park)

13 outubro 2007

Virei criança! E é difícil…

“Você precisa aprender a ser criança de novo!”. Não, não era um conselho acerca de como eu podia entrar no Reino dos Céus. Na verdade, a princípio soou estranho esse conselho de nosso amigo Paul Freston, em uma agradável visita que nos fez poucos meses antes de mudar-nos para o Uruguai.

Na verdade, ele nos falava da disposição que precisávamos ter de aprender tudo de novo. Isso mesmo, tudo de novo, não apenas a língua. Tínhamos que aprender os códigos, os sinais pouco visíveis, muitas vezes não falados. Quando falados, nem sempre significando o que a gramática pura e simples nos dizia. E mesmo que pronunciados, como o seriam, em que momento, com que nuances, com que significados explícitos (para quem nasceu na cultura) e ocultos (para quem vem de fora e acha que já sabe o que cada coisa significa).

Mas quando se é um “missionário transcultural” (em outro momento refletirei sobre o que entendemos disso) não venho justamente para dizer qual é o caminho, a rota de salvação e sentido que todos buscamos? Sim e não. O que trago comigo, creio eu, é precioso, mas sempre vem no vaso de barro frágil e corrompido que sou. E quando a gente chega, Deus já chegou muito tempo antes, fazendo seu trabalho no meio das pessoas a quem iremos servir. Óbvio? Sim, mas a gente se esquece fácil.

Querer compartilhar algo tão especial, como o evangelho de Jesus, em uma nova cultura, significa ouvir, ouvir, e ouvir, antes de querer dizer qualquer coisa. Apenas entendendo onde as pessoas estão, quem são, suas riquezas, peculiaridades e, quem sabe, necessidades (quando as entenderemos completamente?) é que podemos começar a humilde tarefa de redescobrir o significado e a beleza do evangelho de Jesus nesse novo lugar, paras essas novas pessoas e cultura.

Confesso achar isso difícil, muito difícil. É de nossa natureza e sub-cultura evangélica que pensemos que já sabemos tudo. É quase como que sinônimo de “ter fé”. Ter uma atitude, por assim dizer, otimista, triunfalista, apontando o caminho para as pessoas. Não é fácil romper o padrão e buscar ser criança de verdade nesse processo. Nove meses depois de termos chegado aqui, podemos dizer que apenas estamos conseguindo dar nossos primeiros passinhos, inseguros, cambaleando.

Mas sabem de uma coisa? Nossa fé vai ficando mais leve, alegre, quem sabe mais madura, aprendendo a gozar cada momento, cada lição aprendida com nossos novos e queridos amigos uruguaios. A gente não veio aqui para ensinar algo? Ah, Jesus está nos ensinando a todos nesse processo, e é um privilégio muito grande ser parte desse mover em que Ele mesmo vai alcançando a cada pessoa. E daí somos testemunhas vacilantes e confiantes desse agir amoroso de Deus. Existe coisa melhor?

(Foto: © Lucas Belis)